segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Distância


Hoje acordei com a enorme vontade de te ver, beijar e abraçar, te sentir mais perto mim, sentir seu corpo no meu, mas nada disso eu posso ter. Às vezes me pego pensando, porque inventaram a distância? Pois quem inventou não sabia o que era o amor. Não acredito que podem ser capaz de separarem duas pessoas que se amam tanto, que fariam de tudo pelo outro, que seriam as pessoas mais felizes e amadas do mundo. Mas ainda existe a esperança para motivar todos a enfrentar tudo, até a distancia que pode ser enorme, mas o amor ultrapassa tudo e a esperança sempre nos faz acreditar que ainda estaremos juntos de quem amamos e assim finalmente poder ser feliz.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A viagem. Texto da Morango!


Através da janela eu espiava as estrelas que brilhavam cintilantes naquele dia de céu escuro. Filmes desconexos passavam apressados pela cabeça, e a paisagem lá fora, as árvores do cerrado que eu tanto apreciara das outras vezes, se afiguravam sombrias, emudecidas. Nesses momentos é comum refletir sobre a vida, fazer planos, ter saudade dos que ficaram na rodoviária com lágrimas nos olhos.
O passageiro ao meu lado abre e começa a devorar o pacote de biscoitos de polvilho, não sem antes ter-me oferecido alguns, com a boca já cheia. A criança inquieta que viajava ao lado da mãe, nas poltronas da frente, também decide abrir o saquinho de batatas; quase ao mesmo tempo em que o rapaz de boné que dormira com o disc man ligado despertou e desembrulhou logo um bombom. Aquele silêncio de morte fora interrompido pelos insistentes maxilares daqueles viajantes. Meus pensamentos a mil e meu estômago embrulhando com todo aquele cheiro de comida industrializada.
Eu ali, com vontade de chorar por todos os motivos do mundo. Um nó prende a voz na garganta. Não me permito esboçar nenhuma dor ali, no meio de tantos desconhecidos. Uma possibilidade se apresenta de súbito: e se outra fatalidade acontecesse naquele exato momento? Se houvesse uma colisão entre o ônibus e um outro veículo de dezenas de toneladas?
Nem uma nuvem no céu. Após a tétrica viagem mental que fiz, faço questão de esfregar bem os olhos e certificar-me de que todos estão bem. Vivos. Respirando. Numa das poltronas lá na frente um senhor muito bem vestido lê. A maioria apenas dorme. Sou tomada de novo pelo mesmo pensamento pavoroso; se algo acontecesse e morrêssemos todos juntos, para onde iríamos, afinal? Seria possível encontrar os entes queridos que já partiram há muito? E os que partiram há pouco, de surpresa, cuja perda parece nem ter sido registrada pelos sentidos, que parecem anestesiados? Há de fato alguém nos esperando em algum lugar? Com vestimentas claras, feições angelicais e tempo infinito para nos explicar pacientemente os mistérios inacessíveis aos mortais da Terra?
Não tenho medo da morte. Tenho medo da solidão. Não essa solidão a que já nos acostumamos; de ver rostos mas desconhecer as identidades, os desejos, os defeitos, a essência. Acostumei-me a ver sem enxergar. Todos nos acostumamos. Falo da solidão absoluta; da completa impossibilidade de comunicar-me; manifestar sentimentos; tocar e poder perceber as coisas. Choro. Começo a soluçar. Como criança, exteriorizo todo o pesar da perda, e a angústia que fustigava meu peito. Olhares discretos e prestativos são dirigidos a mim. Não pronunciei palavra, mas foi como se naquele momento todos ali soubessem o motivo exato do meu choro; complacentes, como se dispusessem-se a dividir aquela dor comigo.
Da janela entreaberta um vento calmo toca meu rosto. Fui placidamente respondida. Nunca estamos sozinhos.

Ana Angélica Martins. (Pra quem não sabe,a Morango do BBB 10) *-*

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Save the world!


Quando se é criança criam um mundo em sua cabeça que te faz acreditar em tudo, mas quando se cresce, o mundo perfeito se desmancha e você conhece o mundo real. Um mundo de ódio, de inveja, um mundo de mentiras. Um mundo daqueles que fazem de tudo por dinheiro; daqueles que magoam e se orgulham disso. Quando se é jovem você deseja voltar a ser criança e para o mundo perfeito que criaram na sua cabeça. Depois de sofrer por aquele que só mentiu e te enganou, seu único desejo é a morte. Mas você descobre que apesar de toda mentira, da inveja e do ódio, o mundo também tem um pouco do que você acreditava, amor, esperança, força e esse lado do mundo fez você enxergar uma pequena esperança em sua vida. Esse lado te ensinou que sempre haverá momentos de tristezas, momentos que vão acabar com você, que vão te destruir por dentro, mas apenas você poderá sair disso, só você poderá se libertar. E então você volta a acreditar no mundo da sua infância, mas acredita de um modo diferente, acredita que você pode criar um mundo assim, somente seu, com amor, esperança e força, a força que você criou!